Muitos gestores se perguntam como motivar sua equipe, mas poucos percebem que a marca pode ser o fio condutor de tudo isso.
Em um primeiro momento, essa afirmação pode até parecer “estranha”. Mas, basta perceber que uma marca só nasce e se consolida por existirem pessoas que trabalham por ela que essa ideia passa a fazer sentido.
De fato, as pessoas da sua empresa são seus primeiros meios de expressão. Por isso mesmo, o ideal é que essa equipe se torne também embaixadora da marca, ou seja, aqueles que vão defendê-la e carregá-la por aí.
Entenda por que um bom planejamento de Branding pode ser decisivo nesse processo.
Boas marcas trazem foco e longevidade
Diversas empresas têm problemas com seu quadro interno e alta rotatividade, o que acaba dificultando seu desempenho. Para alguns negócios, manter profissionais em seus times por longos períodos é um verdadeiro desafio.
Muitas destas questões podem estar relacionadas à cultura. Ou seja: pouca integração da equipe, falta de foco, falta de conhecimento sobre o negócio, entre outros fatores. Situações assim desmotivam os funcionários, sua produtividade e até mesmo sua permanência nas empresas.
E é nesse tipo de cenário que podemos observar que a marca está sendo usada apenas como posição de marketing, e não como um ativo verdadeiro que caracteriza e guia o negócio como um todo. Nestes casos, os próprios gestores podem estar esquecendo de implementar e se guiar pelos valores atribuídos à sua marca.
O que o time tem a ver com a marca?
Se marcas fortes podem construir boas impressões e encantar o consumidor, por que não causariam o mesmo efeito sobre seus colaboradores?
Quando isso não ocorre, indica que existe incoerência entre a identidade e a imagem corporativa. Ou a marca age internamente de forma contraditória, ou o colaborador, mesmo em um ambiente favorável, não se identifica com a sua natureza.
Mais uma vez, tudo está ligado ao propósito – a razão de existir do negócio. O segredo é partir deste propósito para consolidar uma cultura interna, que é basicamente o compartilhamento de valores e práticas ligadas à essência do negócio.
Essa é justamente uma das funções do Branding: guiar decisões ligadas à conduta da equipe e ao cultivo e exercício de ideias. Quanto maior o número de funcionários, mais importante é a existência desse “código de conduta” e de uma atmosfera de pertencimento que ajude a motivar sua equipe.
Neste breve vídeo, cofundadores, diretores e funcionários do Nubank falam sobre a importância da cultura interna e como ela espelha o DNA inovador e dinâmico da organização:
Mas como se prepara o terreno para construir uma cultura interna forte?
Como motivar sua equipe e estruturar o negócio através da marca
Autoconhecimento: Fundamental e prioritário! Uma marca deve se conhecer integralmente desde o seu início. Saber seu DNA e seu propósito, definindo sua conduta diante das situações. Posicionar-se não é pressuposto somente para comunicação ou publicidade, é um requisito que pode guiar todas as demais ações da empresa. Inclusive em níveis executivos e administrativos, como a gestão de pessoas.
Recrutamento: Se você não está encontrando os profissionais que gostaria, talvez esteja procurando pelos motivos errados. Contratar não é apenas procurar um profissional “qualificado”.
É aconselhável buscar pessoas cuja personalidade e estilo de vida tenham compatibilidade com o propósito do negócio. Esse critério pode aumentar a produtividade e, no futuro, as chances de a equipe ter afinidades entre si. E, claro, um ambiente de trabalho mais harmonioso.
Alguns aspectos da vida pessoal e profissional dessas pessoas devem ser compatíveis com o do restante da empresa. É interessante que funcionários acreditem no propósito pelo qual trabalham, ou não saberão justificar para os clientes o valor de seus produtos. Não faria muito sentido, por exemplo, contratar um vegetariano para atuar numa churrascaria, certo?
Promessa de Marca: O bê-á-bá do Branding: prometa o que você de fato pode entregar. Apenas com um propósito genuíno e promessas alcançáveis, a equipe pode se identificar e acreditar na marca. Discursos exagerados podem funcionar por um tempo no marketing externo, mas internamente não vão motivar o time, que saberá que são uma mentira.
Inclusive, essa contradição pode criar até uma relação de antipatia da equipe com a marca. Em algum momento, essa visão vazará para o público externo. Lembre-se dos escândalos e protestos que envolveram a Nissan em 2016 , denunciada por funcionários por assédio moral e más condições de trabalho.
A marca como ativo para a construção da cultura
Certo, mas como utilizar a marca como um ponto forte na construção da cultura da sua empresa?
Nesse sentido, existem diferentes maneiras de trabalhar a marca com o público interno. Trouxemos 3 insights que podem te ajudar nisso!
Reafirmar:
Pessoas que trabalham em empresas com marcas estruturadas tendem a compreender sua essência e a transmiti-la com naturalidade. Esse entendimento é fruto de um cultivo de ideais que são relembrados e promovidos internamente. Ou seja, reafirme o que sua marca é e aja conforme esses preceitos. Aos poucos, a equipe vai incorporar essa cultura e entregar o que a marca promete.
Valorizar:
Destaque nos indivíduos características pessoais que são compatíveis com o DNA do negócio. Demonstre interesse sobre sonhos e aspirações. Elogie e premie ações que estão de acordo com seus valores.
Aprecie seu time e incentive uma cultura de valorização. O Google, por exemplo, usa um método que chamam de “Peer Bonus”. Nada mais é que um certificado que funcionários podem dar uns aos outros por contribuições que julgaram excepcionais. Isso é convertido em remuneração extra.
E não menos importante, descubra e encoraje o crescimento individual em cada funcionário. Se as pessoas forem de fato compatíveis com a sua marca, fazê-las crescer otimizará o crescimento também do seu negócio.
Investir:
Invista em motivar sua equipe com atividades que vão além dos benefícios empregatícios, e que oxigenem o cotidiano. Baseie estas atividades no DNA do seu negócio. O que sua marca gostaria de fazer se fosse uma pessoa? O que as pessoas que trabalham por ela desejam?
Sejam cursos relevantes à empresa, um dia de home office, eventos de integração, ou até mesmo um blog colaborativo, o importante é contemplar a equipe. A Netflix, por exemplo, oferece um benefício inusitado: as horas e os dias de férias não são controlados. Os funcionários têm flexibilidade para definir essas questões, já que o próprio DNA da marca é pautado no ‘bom senso’ e na confiança no time.
Dissemine propósito de dentro para fora
De nada adianta investir em marketing externo se o marketing interno de sua empresa é negativo. A percepção positiva da marca dentro de casa é o primeiro passo para se destacar lá fora.
Entender a essência do negócio e acreditar no que se faz, são os primeiros passos para produzir, comunicar e vender melhor. Por isso, antes de tudo, você deve enxergar sua equipe como parte fundamental da sua estratégia de negócio. Seu time é parte ativa do Branding.
Quando o sentimento de autêntica identificação com a organização motivar sua equipe, sua marca estará consolidada, protegida e, acredite, melhor sucedida.
Precisando fortalecer sua cultura interna e motivar sua equipe?
Nós podemos ajudar nesse processo: entre em contato com a gente!